Nada(r).
Hoje fui à piscina com a H., como todas as terças-feiras. Normalmente vou lá e dou umas voltas, poucas, depois fico lá num canto a fazer exercícios das pernas e abdominais agarrada à beira da piscina. Costumo dar o meu dinheiro ali por mal empregue... se não fosse o jacuzzi nem metia lá os pés. Acabo sempre no jacuzzi e fico para lá a cozer naquela água quente. O bom do jacuzzi é que uma pessoa pode dar um pum discreto e ninguém dá conta.
Hoje foi diferente. Hoje PRECISAVA de nadar, sentir-me a flutuar na água, gastar energias. Esquecer tudo, meter a cabeça debaixo de água e ouvir o vazio. Engraçado que quando estamos com a cabeça debaixo de água o silêncio é quase meditativo. E a sensação de falta de ar é algo que me deixa eufórica. Tenho uma tara com isto, e um medo imenso de morrer afogada. É como uma pessoa ter vertigens e atração pelo vazio em simultâneo.
Nadei, nadei, nadei e no final não havia mais nada para pensar.